Praças de BH ficam movimentadas, mas sem sinal de Carnaval

Algumas das principais praças de Belo Horizonte começaram movimentado no carnaval no domingo (27), mas não chegou nem perto da agitação carnavalesca que a capital vivia antes da pandemia. Uma nova sessão de músicos está prevista para esta tarde na comunidade Santa Tereza, na zona leste de BH, como aconteceu no sábado (26). Lá, aqui e ali, algumas pessoas animam o domingo com adereços de carnaval pela manhã.

As ruas do bairro Santa Tereza, na região, também amanheceram vazias neste domingo (27), após a noite de folia que agitou o bairro no sábado (26) de Carnaval.

Na Praça da Liberdade, na região Centro-Sul, a trilha sonora não tinha nada de carnavalesco: uma dupla de músicos tocava clássicos em inglês, como músicas dos Beatles, ao violoncelo e ao violão. Família aproveitavam o sol para passear com crianças e cachorros e pipoqueiros aproveitavam as vendas.

Mesmo sem folia, a advogada Ildérica Cantídio, 55, foi à praça com a mãe, Maria Cantídio, 85, e com a irmã, Maria Tereza Cantídio, 55, para alegrar o dia. “O dia está bonito, depois de tanta chuva. Trouxemos a mamãe para ela matar a saudade do coreto onde brincava na infância. E ela ama Carnaval, é da época do lança-perfume”, diz Ildérica. “Quando eu era solteira, ficava esperando o Carnaval chegar”, completa Maria.

Ildérica acompanhou pelos jornais a movimentação de folias no bairro Santa Tereza e na rua Sapucaí no sábado e vê o movimento com preocupação. “Acho o fim da picada. Não é hora ainda, é questão de responsabilidade coletiva.

Uma pipoqueira na praça, que pediu para não se identificar, lamentou a falta de blocos na cidade. “Era desafiador para os ambulantes, por causa do deslocamento, mas as vendas eram boas e, entre um bloco e outro, eu aproveitava para dar uma dançadinha”, comenta.

A praça do Papa, no bairro Mangabeiras, também estava movimentada com famílias. As amigas e vendedoras Daniela Resende, 30, e Carolina Ribeiro, 32, estão de folga até quinta-feira (3), mas preferiram a tranquilidade de casa e da praça à folia nas ruas ou em eventos privados. “A gente ama Carnaval, mas não está dando para aproveitar ainda. Acho loucura dos conhecidos que foram no Danta Tereza e na rua Sapucaí. E hipocrisia poder ter evento privado”, diz Daniela.

Na praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Efigênia, na região Leste, dezenas de jovens da Igreja Central, evangélica, reuniam-se para orar em grupo no fim da manhã.

Via: www.otempo.com.br