Praça da Papa oferece um belo horizonte aos pés da Serra do Curral

Quem guia nosso passeio pela Praça do Papa é a atriz e fundadora do Grupo Galpão Teuda Bara. Ela frequenta a praça desde a inauguração, há mais de 30 anos, e tem muita história boa para contar. “Meu filho tinha acabado de nascer (…). Eu estava de resguardo. Eu não vim, mas eu sabia, pela televisão, preto e branco. Na cidade só se falava disso. Só se falava da Praça do Papa (…). E foi lindo, porque quando ele cantou, o povo cantou pra ele, a bênção João de Deus (…). De repente o povo começa a gritar ‘rei, rei, rei, o Papa é nosso rei’”, relembrou.

A praça, que oficialmente se chama Israel Pinheiro, nunca mais foi a mesma. Para todo mundo, virou Praça do Papa.

Monumentos foram erguidos no centro da praça três anos depois da visita do Papa. O obelisco de 24 metros de altura tem dois triângulos – um apontado pra cima, que significa fé, o outro fica apontado para baixo, representando a bênção que vem de Deus. Ao lado da escultura, está a cruz. São símbolos de fé que acabaram se tornando parte desse cenário de Belo Horizonte.

A praça fica a 1,1 mil metros acima do nível do mar. Do alto, a vista pede contemplação.

“É bonita, legal, tem uma energia linda, olha que legal aquela vista. Se senta e fica olhando ali é igual ir à praia e ficar olhando mar, olha que bonito as montanhas, o céu. Você fala, que beleza, que coisa boa”, exclamou Teuda.

A atriz tem lembranças de uma juventude diferente. “Não era nada. Uma montanha, a Avenida Afonso Pena vinha toda com aquelas árvores, fícus, cortou tudo, aquelas duas torres de fícus, era lindo, tem foto até hoje. Quando chegava na Avenida do Contorno acabava”.

A modernidade chegou. O horizonte ficou diferente, mas esse contraste entre urbano e natureza continua encantando gente que vem de todo canto.

“Minha afilhada Praça do Papa, a madrinha abençoa. A madrinha abençoa a praça, linda”, disse Teuda.