Homenagem a Gilberto Gil – 6ª Edição do Sarau Minas Tênis Clube
A interpretação de Violeta Lara para a obra de Gilberto Gil encerra a sexta edição do Sarau Minas Tênis Clube. Cantora e compositora, graduada em música popular pela UFMG, Violeta atua como professora de canto e, além de seu trabalho autoral, é vocalista do grupo Baioquê e do bloco de carnaval Juventude Bronzeada. Foi uma das vencedoras do projeto “Cantoras Daqui”, do BDMG Cultural em 2009 e finalista do “Festival SESI Música 2016”.
O show terá a apresentação da jornalista e atriz Christiane Antunã. No dia 24/10, segunda-feira, às 20h, os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro ou no site eventim. A classificação é livre. Violeta conta que Gilberto Gil está na vida dela desde sempre. “Ele entrou na minha vida quando eu era muito criança. Minha família é muito musical e ouço Gil desde sempre e ele me pegou no suingue”, lembra a artista. Violeta completa dizendo que quando começou a cantar, foi a obra de Gil. “Eu tinha uns cinco, seis anos e já cantava, porque canto desde sempre.
E quando resolvi, aos 11 anos, estudar canto, porque já cantava em jingles, foi com as canções de Gil. No meu primeiro show, o repertório tinha muita coisa dele”, revela a cantora. Dessa forma, Violeta afirma que é natural para ela cantar a obra de Gil no Sarau do Minas. “Foi uma identificação muito genuína com a obra de Gil. Na verdade, foi um encontro”, atesta.
Além do suingue, Violeta observa que a poesia de Gil é algo muito importante. “São várias as letras de Gil que me chamam atenção, foi quando fui escolher o repertório desse primeiro show, quando tinha 15 anos, que percebi as letras. A canção “Amor até o fim” me tocou e toca muito”, conta. “Ele trabalha muito bem as palavras, de forma muito poética e filosófica. Gil fala do amor, da fé, da política e de sua ancestralidade passeando por vários ritmos brasileiros”, observa Violeta. Como intérprete de Gil, Violeta se apropria da obra do cantor para passar a mensagem do artista homenageado que se torna dela. “Eu me identifico muito com o que Gil diz, e quero que as pessoas enxerguem em mim o que Gil quer dizer.
A canção dele às vezes é tão difícil que é necessário estudar para entender. Esotérico é uma delas e estará na canção”, conta a artista. Segundo o próprio Gil, em depoimento publicado no site oficial do cantor, a canção Esotérico, de 1976, é “uma tentativa de transpor a ideia do mistério divino, místico-religioso, para o campo do amor terreno; de desmistificar e humanizar a categorização do esotérico como algo inatingível, colocando-o como inerente à nossa natureza, à complexidade de nosso afeto”.
Neste show, Violeta também vai trazer canções autorais. “Eu escolhi um repertório meu que vai ao encontro com o de Gil. Eu componho muito por meio das minhas vivências, sabe? Vou trazer três canções inéditas, uma parceria com meu pai [músico Jairo de Lara], chamada Mapa do poeta, outra canção foi gravada com o coletivo do qual faço parte, o V.A.D.I.A.S, Verdadeiras Autênticas com Direitos Iguais aos Seus, intitulada na Barra da Saia, a outra canção é Pouso Sereno. Em 2023, vou lançar um EP com as canções Mapa do Poeta e Pouso sereno”, conta a artista.
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