Iluminação do Centro de Belo Horizonte será modernizada
Parte do plano de modernização do serviço em BH, cerca de 3 mil pontos de luz serão trocados na região para implantação de lâmpadas de LED, com controle remoto de falhas.
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O trabalho de modernização dos cerca de 182 mil pontos de iluminação pública de Belo Horizonte chega hoje ao Centro da capital mineira. A informação é da Belo Horizonte Iluminação Pública (BHIP), consórcio formado por quatro empresas e responsável pela troca de postes, luminárias, refletores e demais pontos de luz da cidade que ainda funcionam com lâmpadas a vapor de sódio. Cerca de 60 mil pontos já foram substituídos pela tecnologia de LED, mais eficiente, nas regiões de Venda Nova e Norte, em etapa já concluída, e Barreiro e Nordeste, ainda em andamento. Agora, o perímetro formado pelas avenidas do Contorno, Andradas, Afonso Pena, Bias Fortes e Rua dos Guajajaras (veja mapa), também será contemplado, no que o consórcio considera como Centro da capital. A expectativa é que cerca de 3 mil pontos sejam trocados até o fim deste mês. Nas ruas, a população aponta problemas na iluminação do Centro e por isso espera que a novidade traga mais segurança e tranquilidade para deslocamentos e também durante a espera nos pontos de ônibus.
Um dos pontos positivos da iluminação que será trocada no Centro de BH é a telegestão. Segundo a BHIP, 70% dos 3 mil pontos que terão a troca da estrutura serão manejados diretamente pelo centro de operações do consórcio. Isso permite, por exemplo, acompanhar defeitos em tempo real, antes mesmo de algum chamado feito pela população. “O sistema nos avisa automaticamente quando há uma falha”, diz o diretor de operações da BHIP, João Mário Martins. Ele explica que a troca da iluminação do Centro está incluída no marco que vai até abril de 2019, conforme acordado com a Prefeitura de BH. Mas a expectativa é terminar todo esse serviço em cerca de 30 dias. “Como temos até abril, pode ocorrer de levarmos esse prazo um pouco mais pra frente por questões estratégicas. É importante lembrar que vamos dar preferência ao período noturno para trazer menor impacto à cidade”, acrescenta. João Mário Martins lembra que a BHIP identificou um cenário de iluminação muito degradada no Centro, mas após a varredura feita no início do trabalho da empresa a manutenção conseguiu reparar os problemas de forma mais célere. Agora, o impacto virá, segundo ele, pela qualidade da nova iluminação. “Por ser uma área de grande circulação, requer um nível de iluminação maior. O impacto esperado é muito grande, como foi nas outras regionais”, completa.
INSEGURANÇA Atualmente, os problemas da iluminação no Centro, região de maior fluxo de pessoas na cidade todos os dias, podem ser facilmente percebidos, de acordo com a população. Há transtornos até mesmo na Rua Goiás, via onde fica a sede da Prefeitura de BH, situada no coração da cidade. A poucos metros do Executivo municipal, um ponto de ônibus representa ameaça para quem estuda nas faculdades próximas ou trabalha na região. “Ontem mesmo um cara bateu a carteira de outro e saiu correndo aqui na rua. Ninguém conseguiu pegá-lo. À noite é o momento mais perigoso. A iluminação não funciona todos os dias. Tem dia que tudo fica completamente apagado”, conta Weverton Ferreira, atendente de um estacionamento na via.
Vítima de violência na Rua Goiás, Priscila Pacheco conta que a situação é mais complicada para as mulheres. “Já fui assaltada lá durante a noite. Além do assalto, fui também assediada. Acredito que a iluminação precária é um fator importante para o aumento da criminalidade, principalmente contra a mulher, vítima a qualquer hora”, ressalta. Cercada por bares e ponto de encontro de jovens à procura de diversão, a Rua Sapucaí é marcada por breu em suas esquinas, formadas com as avenidas Assis Chateaubriand e Contorno. “Percebo a escuridão em vários pontos da cidade. Complica muito, ainda mais em BH, a cidade dos bares. Aqui tem muita movimentação noturna. Acho que a prefeitura deveria renovar a iluminação em toda a cidade também, porque toda medida de segurança é boa”, destaca o músico instrumental Ricardo Campos. Apesar de a Rua Sapucaí não estar oficialmente no perímetro descrito como Centro da cidade, a troca dos pontos de luz dessa região também inclui a via, que oficialmente fica no Bairro Floresta.
PRAZO DE TROCA O contrato assinado entre a Prefeitura de BH e a BHIP prevê a troca de 182.257 pontos de luz na cidade até o fim de 2020. O consórcio iniciou a operação em junho de 2017 e vai até junho de 2037. Dos mais de 182 mil pontos de iluminação pública, 32.800 terão a tecnologia da telegestão para serem operados diretamente do centro de operações da BHIP. A expectativa é que a partir de 2021, quando todas as lâmpadas a vapor de sódio terão sido substituídas por LED, a economia na conta de luz da Prefeitura de BH atinja 45%, saindo de R$ 55 milhões por ano para R$ 30 milhões. Esse trabalho também inclui a implantação de iluminação de destaque em 13 pontos considerados de maior potencial turístico e simbólico da cidade. Até o fim deste mês a BHIP termina os projetos especiais da Praça do Papa, do Mirante das Mangabeiras, do Viaduto Santa Tereza e da Praça Duque de Caxias (Praça de Santa Tereza). Até outubro de 2019 estão previstas as implantações de iluminação especial no entorno da Lagoa da Pampulha, na Casa do Baile, no Museu de Arte da Pampulha e na Praça Alberto Dalva Simão (Pampulha). Por fim, até outubro de 2020 serão implantados projetos especiais de iluminação no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, na Praça da Estação e no Museu de Artes e Ofícios.
Serviço
Canais para enviar reclamações sobre problemas na iluminação pública de BH:
Telefone: 0800-941-6789
Site: www.bhip.com.br
Aplicativo para smartphone e tablet: Cidade iluminada, disponível para Android e iOS.
Via: em